quinta-feira, 26 de junho de 2014

qualquer intensidade vale a pena                                                   

latejante e súbita
textura de lençóis, cobertores confusos
em sala-meia-luz
janela e cortinas entre-abertas
                                     -meia luz, tudo susto-

do medo e do sobre-natural do toque na pele
o comedido, de que serve?
o absurdo, o medo, a ânsia
                                   -toda intensidade vale a pena-

unha, fio de cabelo, poro
inspirar, levar pro fundo toda inquietude
tudo que pulsa
que vive e move
toda senação
                               -todo absurdo vale a pena-

                         

quarta-feira, 11 de junho de 2014

III

ela encarada
sobre si mesma
era ele

aqueles dentes afiados
na boca de febre

um bem-me-quer
mas que de tão longe

não ecoa