Em teia
de horas
capturando
ruas
estreitas
quatro
da tarde
armazém
em dia
de semana
riscando
dissabores
d’ontem
em suor
de travesseiro
dor de
crepúsculo
em peito
e boca
de moça
que
sonha caramelo
salivando
pimenta
do reino
em reinado
de dissabores
desde a
quaresma
da sua
ida
nada de
tomates
nem
orégano
nem
apetite
matutino
de sol
lá, mi,
dó de minh’alma
em
desajeito tanto
enfrentando
ainda
boa
educação
em cara
mentirosa
e aturando
esse
frio de sarjeta
em
poltrona de sala.